domingo, 26 de janeiro de 2014

Viveiros e Estufas II

Este vídeo é da Casa de Cura Mestre Irineu. Eles apresentam o esquema de cultivo do Cipó e da Rainha e tem imagens muito legais de uma estufa bem profissional, com irrigação e controle de umidade. Podemos ver este vídeo e tê-lo como material de referência para a construção da nossa própria estufa ou viveiro. Opto pelo viveiro, pois o sombrite permite que a chuva chegue as plantas, não dependendo somente do sistema de irrigação. Em breve, quero construir uma estufa com plástico agrícola e fazer um estudo com as Rainhas em um ambiente controlado.


Viveiros e Estufas I

 Eu fiz um viveiro bastante simples. É possível investir um pouco mais de tempo e dinheiro e conseguir uma estrutura mais resistente e bem construída. Como faço o meu cultivo praticamente sozinho, às vezes, me falta tempo e acabo optando por aquilo que sai mais prático e simples, além de mais barato. Como não tenho interesse comercial nas mudas, acabo tendo que gastar um pouco de dinheiro, entre insumos agrícolas (terra adubada, esterco, húmus, vasos plásticos, sacos de muda, etc), material de irrigação (mangueiras, microaspersores, braçadeiras e conexões) e estrutura (madeira, tela sombrite, arame, etc), sem falar na mão de obra...
Em relação ao meu viveiro irei listar os materiais que utilizei para construí-lo. Alguns dos materiais adquiri no Mercado Livre, mas a maioria dos itens são encontrados em boas lojas de produtos agrícolas. Fui pesquisando e descobrindo as soluções que cabiam no meu orçamento e nas minhas pretensões de cultivo. A internet é um campo farto de materiais e dicas. Em uma postagem posterior irei disponibilizar alguns materiais sobre construção de viveiros e estufas que garimpei da internet. 

Tela sombrite. Existem diferentes especificações: 35, 50, 70 e 80%. Aqui no Distrito Federal, devido a grande incidência de luz solar a maior parte do ano, utilizo o sombrite 50 e 70%.

Esta é a trama do sombrite 70%.

Postes de eucalipto tratado. É possível utilizar outros materiais, como bambu. outras madeiras, ou mesmo pau de escora que é bem mais barato que o poste de eucalipto tratado. É importante envolver em plástico ou outra proteção a parte da madeira que fica no chão, pois direto no solo a madeira logo apodrece.

Mangueira de polietileno de 1/2". Custa um pouco mais caro, mas vale a pena pela resistência e também por ser bem fácil perfurá-la e afixar os microaspersores.

Microaspersor nebulizador. Possuem especificações de vazão diferentes. É necessário que haja uma pressão de água considerável para que o efeito nebulizador aconteça. Acho este bem interessante, pois produz uma névoa de água parecida com uma chuva fina que as plantas adoram, principalmente a Chacrona.

Microaspersor tipo nebulizador em funcionamento, ideal para criar microclima, já que molha bem as folhas. Comprei no Mercado Livre um saquinho com 50 unidades.

Microaspersor tipo bailarina. Este também é um ótimo microaspersor e molha em maior quantidade e num raio bem maior que o nebulizador. Ideal para a irrigação das raízes. Requer boa pressão de água para que funcione adequadamente.

Microaspersor bailarina em funcionamento.

Criando Micro Clima Favorável ao Desenvolvimento da Chacrona e do Jagube

Como falei anteriormente, perdi várias Rainhas até conseguir estabelecer as que atualmente zelo. Descobri que uma boa estratégia é plantar, primeiramente, bananeiras e, depois que estas estiverem estabelecidas, plantar as Chacronas nas proximidades. A bananeira, além de propiciar bastante sombra, também é uma planta que possui uma capacidade evapotranspiradora muito grande. Com isso, sempre teremos um clima mais úmido, próximo às bananeiras, além de termos também uma fonte maravilhosa de alimento. Consorcio também à Chacrona e ao Jagube o feijão guandú, feijão de porco, crotalária, mandioca e mucuna preta.
Antes do plantio definitivo da Chacrona em solo, consorciado com a bananeira e outras plantas adubadoras, há a possibilidade de construção e uso de viveiros e estufas. Alguns cultivadores de Chacrona, principalmente das regiões mais frias, têm conseguido êxito com o uso de estufas e ambientes controlados.
Eu ainda não tive oportunidade de trabalhar com estufas, mas implementei um pequeno viveiro para as diversas mudas que cultivo e tenho obtido bons resultados. Meu viveiro é relativamente simples, utilizo tela do tipo sombrite (50 e 70% de filtragem da luz solar) e irrigação com microaspersores do tipo nebulizador e bailarina. Adquiri também um temporizador programável para automatizar a irrigação, mas ainda não o liguei ao sistema de irrigação. O temporizador é bem útil e poupa bastante trabalho na irrigação. Como estou supervisionando bem de perto o meu cultivo, ainda não precisei usar o temporizador programável, mas em breve pretendo utilizá-lo.
Voltando ao viveiro, construi um bem simples. Utilizei postes de eucalipto, arame, fio de nailon, pregos e lacres plásticos.







Detalhe da mangueira PEI e dos microaspersores do tipo nebulizador.




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A situação atual das Rainhas

As últimas postagens trazem algumas fotos das Rainhas de mais ou menos um ano meio a dois anos atrás. Desde então, consegui adquirir mais algumas Rainhas com um irmão de uma Igreja do Santo Daime de São Paulo. Este irmão me ajudou bastante e me repassou as mudas por um valor praticamente simbólico. Muita gratidão a ele por me proporcionar a possibilidade de aumentar meu cultivo. Poderia até conseguir mudas com grupos ayahuasqueiros aqui em Brasília, mas, por questões pessoais, prefiro a ajuda de pessoas de outro estado, pois não quero ficar “devedor” de nenhum grupo por aqui, já que o sentido de “irmandade” é artigo raro ou mesmo de luxo por estas bandas (com as devidas exceções, é claro).
Atualmente, tenho em torno de 18 mudas de Rainha. Plantadas em solo, em local definitivo, somente 4 Rainhas. As outras foram plantadas provisoriamente em vasos plásticos de 14 litros, aguardando para serem plantadas em local definitivo em momento oportuno. Estou estudando cuidadosamente os próximos passos em relação às Rainhas, pois não quero cometer erros e colocar a perder as plantas que, mesmo em vasos, estão bem firmadas e estabelecidas.

Todos os vasos foram colocados no mesmo local onde as Rainhas estão plantadas em solo. Como falei anteriormente, criei um micro clima úmido e sombreado com bananeiras e algumas telas sombrite. Além disso, também implementei um pequeno sistema de irrigação com microaspersores. Agora, estamos na época das chuvas e as plantinhas estão se desenvolvendo bem, apresentando uma taxa positiva de crescimento e engrossamento dos caules, além de diversas brotações com muitas novas folhas. Estou aproveitando todo este vigor e colhendo algumas folhas para clonagem. Em outras postagens mostrarei os resultados obtidos com a multiplicação das Rainhas. Agora, seguem algumas fotos das Rainhas em desenvolvimento.

Quando as Rainhas chegaram para se juntar às outras.

Fui transplantando aos poucos as mudas de Rainha dos sacos para os vasos. Tudo dá bastante trabalho quando se trabalha sozinho, mas o esforço vai recompensar.

Ao fundo é possível ver os pés de feijão guandú e à frente um pé de mandioca.










Linha de irrigação acima das Rainhas. Coloquei microaspresores do tipo "nebulizador" e "bailarina" para simular uma chuva. Tem dado um bom resultado.


Vista de cima, linha de irrigação. As folhas estão super vistosas. Na parte da frente das Rainhas estão as bananeiras 





Desta foto em diante temos as Rainhas no atual estágio de desenvolvimento. Tirei estas fotos agora, dia 02/01/2014, às 19:00. Dá para notar o desenvolvimento das plantas. As chuvas estão fazendo muito bem para as Rainhas.
Dá para perceber a diferença no crescimento das Rainhas, muitas folhas novas. Em breve tem feitio!!!